Pensamentos, idéias e as experiências de um jogador (não só) de RPG.

sexta-feira, 30 de março de 2007

A Capa que era mas não foi

Quando busquei um artista para a nova capa da Dragão Brasil eu queria deixar a capa aberta a diversas interpretações e estilos diferentes, além do uso eventual de imagens oficiais, mas infelizmente minha primeira escolha não se encaixou bem na espectativa geral dos leitores e analisando e conversanco com alguns amigos e conhecidos decidi rever a escolha.

Então a arte está sendo alterada para a capa, juntamente com chamadas e tudo mais. Em respeito a leitores e leitoras que expressaram suas opiniões.

Independente disso fica aberta a discussão sobre as artes usadas em HQs e livros de RPG. Eu particularmente gostei do desenho e seu estilo, e como este existem outros tantos artistas que podem interpretar de maneira diferente a cena. E podem fazê-lo de maneira muito melhor ou muito pior.

O uso de estereótipos é uma coisa que nãopodemos escapar, então o ideal é viver com eles, seja de uma maneira positiva ou negativa. Lógico que usar isso para impor um estilo, moda ou pensamento é errado, e isso é o que me incomoda e incomoda a muita gente.

Como na arte da capa meu pensamento estava na ampliação dos estilos, me passou desapercebido que ela poderia estar um pouco exagerada.

Homem e mulher com pouca roupa, bíceps extraordinariamente, pernas a mostra, peitudos e peitudas são um estilo que respeito tanto quanto o estilo realista, o minimalista ou o caricato.

Agradeço ao retorno que tive de todos vocês.

quarta-feira, 28 de março de 2007

Prévia da capa da DB 122

Segue um pedaço da arte em preto e branco ainda, do que vai ser a capa do próximo número. A arte é de um cara que manda muito bem, o Eduardo de Aracajú. Minha idéia é usar sempre que possível um artista como ele na capa. Desenho muito bacana, artista muito gente fina!

Vai só um pedacinho dessa vez :) depois ela na sua glória plena, colorida e finalizada. Enjoy


quinta-feira, 22 de março de 2007

Qual é a música?

Tinha uma época em que eu estudava na USP, e ia pra casa dos meus pais no fim de semana para poder rever os amigos que estavam também batalhando o primeiro ano da faculdade e outros ainda no cursinho.

A música sempre me acompanhou e naquela época eu e um grupo de amigos que éramos quase irmãos escutávamos Titãs sem parar, na época uma das nossas bandas de alma e coração. De tanto ouvir as músicas, acabei criando uma relação da música com uma situação que vivia na época...

Corta para o mundo presente.

Estou com um iPod que me acompanha pra cima e pra baixo, nele jogo as músicas que quero ouvir mas às vezes deixo ele escolher por mim. E hoje a seleção das músicas me surpreendeu. Tive novamente uma sensção de minha adolescência, escutando músicas dos anos 80.

Ouvindo "Não vou me adaptar" a sensação que ela me trás é de eu estar sentado no ônibus, já chegando em Araraquara, de madrugada, com o frio batendo no rosto, o corpo ainda meio mole da soneca dentro do ônibus, do pessoal se mexendo para descer na rodoviária...

Outra canção que me pegou de surpresa - na verdade duas - também me trouxe lembranças exatamente daquela época. Duas músicas do Guns and Roses (é mole? Mas tudo bem, quero ver quem vai atirar a primeira pedra rs*). A primeira me fez lembrar com um sorriso meio melancólico da época em que saía com essa turma do colégio para as farras a noite... e essa música, mais de uma vez, me fez companhia na volta pra casa. Não é a letra, mas a melodia que me faz resgatar a memória, e ela vem viva e colorida, cheia dos detalhes daquele momento do passado.

A outra, bom a outra me faz lembrar de uma coisa que não fiz, rs. Sabe quando você é jovem e a menina te dá um puta mole? E vc bobão fica lá sem saber o que fazer? Pois é. Essa música me trouxe essa lembrança e outro sorriso na cara. Aquele sorriso de como a gente é bobo em certos momentos da vida.

O que tem isso a ver com RPG?

Pra mim tem muita coisa a ver. Estas lembranças me trouxeram de volta um antigo artigo que escrevi sobre narrativa de mestres. De como alimentar e trazer ao seu jogador sensações que vão além da "caverna escura" ou da "taverna aconchegante"

Só não sei se jogo aqui ou na Dragão. Acho que como comecei a história aqui, acho que vai aqui mesmo. O que vocês, meus leitores acham?

Deixo pra vocês decidirem. De quebra quero ver quem descobre quais as músicas do GnR eu falo no texto :)

Sputnik - o futuro e cenários de RPG

Em outubro de 1957 no Cosmódromo de Baikonur, na hoje extinta URSS, foi lançado no espaço uma esfera de mais ou menos 50cm e pesando 83 quilos.

A única função dele era transmitir um sinal de rádio (bip-bip) que opdia ser sintonizado por qualquer rádio amador. Ficou pelo espaço por 6 meses e depois voltou à Terra.

Isso há 50 anos. Se olharmos ao nosso redor podemos ver a quantidade de tecnológia que a corrida espacial e militar nos trouxe.

Traçando uma linha para o RPG, eu estava lendo o antigo Cyberpunk 2020 e o novo, 2030 e vendo o que o seu autor "previu" e o que ele deu de bola fora. Passei depois a outros autores que tentaram projetar idéias sobre nosso futuro, sombrio ou grandioso.

O que mais me impressionou foram aqueles que nos mostraram as mudanças sociais, as alterações na visão do mundo por nós mesmos diante da incerteza do futuro.

Mas agora parando de viajar e botando de novo o traseiro na cadeira, eu fiquei aqui pensando no cenário que estou elaborando. Antes que digam, "ah é um cenário de ficção para a Dragão!" já adianto que não.

Estou sim pensando num cenário para se tornar oficial da revista, mas ainda está cedo, a revista precisa se firmar e simplesmente não é a hora.

Mas este que estou matutando é um projeto que vem batendo na minha cabeça já faz um bom tempo e fico feliz em ver as primeiras páginas escritas.

E voltando ao trabalho que estou pensando na Dragão, minha idéia é apresentar o cenário ainda este ano, com uma estrutura mínima já para os leitores. (cenário, aventuras, personagem, histórias).

terça-feira, 20 de março de 2007

Piratas do Caribe - No fim do Mundo

Não custa avisar, apesar de que seja possível encontrar isso já pela net. Recebi de um newsletter que assino, e como sou fã dos filmes, resolvi divulgar por aqui:

Os usuários do MSN.com.br já podem ter uma idéia de como terminará a saga do capitão Jack Sparrow na mais esperada seqüência da trilogia Piratas no Caribe - No fim do mundo. No dia 21 de março, os internautas poderão assistir por meio do endereço http://br.msn.com, com exclusividade, o trailer do filme que chega às telonas em 25 de maio. "Piratas do Caribe - No Fim do Mundo'' reúne Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley e Geoffrey Rush, que volta no papel do Capitão Barbossa (interpretado no primeiro filme). Chow Yun Fat estréia como o Capitão Sao Feng.

Imagem para dilvugação:

http://www.s2.com.br/s2arquivos/362/Imagens/3424Image.JPG
http://www.s2.com.br/s2arquivos/362/Imagens/3425Image.JPG
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Uma boa notícia para o RPG nacional

Conversei há pouco com o Cassaro e ele trouxe uma notícia muito legal para os jogadores iniciantes e veteranos que gostam e apóiam o RPG nacional. Ele oficializou algo que já vinha acontecendo naturalmente: a abertura da licensa de 3D&T

Segue abaixo o texto do Cassaro, na íntegra:

"Olá a todos.

Como muita gente sabe, eu não tenho Orkut e não participo de listas e fóruns. É uma escolha pessoal, tenho direito à privacidade. Assim, esta mensagem será (foi?) postada pelo camarada Doutor Careca.

Estou ouvindo dizer, que existe certa aclamação pública (?!) para que 3D&T seja considerado Licença Aberta. Também ouvi dizer que certo ex-editor alega, que eu teria proibido a presença do jogo na Dragão Brasil.

Mentira.

É verdade que nós, autores de Tormenta, não aceitamos sua presença na DB após nossa saída da editora. A razão: Tormenta agora pertence à Editora Jambô. Que, diferente da antiga editora, sempre honrou seus compromissos contratuais e tem sido a casa perfeita para Tormenta D20.

Mas nenhuma outra editora publica 3D&T. Então, não havia (e ainda não há) qualquer razão para proibir sua presença na atual DB.

É verdade (eu já disse isso antes, e repito) que a Editora Talismã continua comercializando produtos 3D&T, sem minha autorização e sem acertos de direitos autorais de 3D&T. Mas essa é uma questão judicial a ser resolvia entre eu, e a empresa.

Eu nunca proibi ninguém de publicar ou trabalhar com 3D&T. Não inventei esse jogo para ficar rico. Inventei para que mais pessoas joguem RPG. Proibir que seja usado, seria burrice.

Se 3D&T foi removido das páginas da DB, não foi a pedido meu. Foi por pura decisão pessoal de seu ex-editor – que, aliás, nunca mostrou nenhuma prova da tal “proibição”. Ninguém nunca será capaz de apontar em nenhuma entrevista, fórum ou mensagem de email, qualquer declaração minha nesse sentido.

Sobre a liberação como Open Game, às vezes vejo mensagens de fãs pedindo que 3D&T seja Licença Aberta. Eu nunca entendi direito a razão: sempre existiram netbooks, sempre existiram adaptações não-oficiais na Internet. Eu nunca me queixei disso.

Tornar 3D&T uma Licença Aberta mudaria apenas uma coisa: outros autores e empresas poderiam publicar e vender livros de 3D&T sem pagamentos de direitos autorais a seu autor. Ora, isso JÁ ESTÁ acontecendo, a própria Talismã vende Manuais 3D&T sem prestar contas ao autor. Não tenho nada a ganhar proibindo 3D&T, nem nada a perder liberando-o.

Sendo assim...

Eu, Marcelo Cassaro, autor do jogo 3D&T • Defensores de Tóquio 3a Edição, autorizo a liberação de suas regras (mas não personagens e ambientações) como conteúdo Open Game.

Pronto. Melhor assim?

Abraço a todos.

Cassaro"


Apesar de conversar com o Trev quase toda semana, eu não sei se ele já postou isso nas comunidades. O que me faz lembrar que ele também tinha alguma noticia no blog dele... Algo a ver com podcast... Uma das coisas que ando pensando em fazer também. Para isso vão ao blog do Doutor Careca.

Abraços!

segunda-feira, 12 de março de 2007

Por um mundo mais cyberpunk...

Uma notícia vale mais do que minhas palavras.

Ainda mais se ela nos remete a um dos universos de ficção que mais curto, o gênero cyberpunk.

Seria esse um dos primeiros passos para nossa power-glove?

domingo, 11 de março de 2007

Visita do Imperador

Acompanhando esta visita de GW Bush ao Brasil não me fez pensar em outra coisa senão aquelas cenas onde o Imperador Romano ou o Cônsul, visitava suas regiões dominadas pelo mundo. A tecnologia aumenta, as coisas mudam, mas nem tudo. Algumas ficam como antes.

Essa é uma delas.

Estou lendo O Homem do Castelo Alto do Philip K Dick e fiquei com vontade de escrever alguma coisa a respeito. Talvez uma aventura em um universo alternativo ou brincar com os jogadores fazendo-os cruzar por lugares diferentes, recortados de muitas realidades diferentes.

Nessa aventura os jogadores vão descobrindo aos poucos outros como eles, que cruzam e vivenciam estas experièncias em realidades alternativas, mas a questão se apresenta quando todos se reúnem para sair dessa roda viva: Para cada um deles a realidade inicial é diferente. Então qual a certa?

terça-feira, 6 de março de 2007

Aventuras de Fantasy na Cidade

Uma coisa que sempre me incomodou nas aventuras de fantasy é que invariavelmente elas acabavam levando os jogadores a ficarem horas e horas andando pelas florestas ou pelas catacumbas. Entrávamos no início do jogo e saíamos no final, geralmente carregando mais do que poderíamos aguentar.

Depois de um tempo isso ficou monótono e algumas coisas foram acrescentadas ao jogo, mas ainda assim havia aquele "sabor" de floresta e dungeon no ar.

Quando li Warhammer Fantasy Battle, um jogo de rpg inglês (e não norte-americano) eu fiquei mais animado com o cenário pois ele trabalhava muito bem o sistema de gerenciamento de personagens e também o cenário de jogo.

Aos poucos fui migrando o pessoal da minha mesa para aventuras mais ecléticas onde a dungeon era apenas um detalhe e a floresta às vezes vista apenas de longe e o foco começou a ser aventuras mais "urbanas" se é que podemos chamar assim as aventuras que rolavam dentro de cidades, castelos e vielas escuras.

Essa mudança foi importante para nosso grupo pois deu um novo ânimo nos jogos,´e também mudou o ritmo e o modo de encarar uma aventura medieval.

basicamente os jogadores paravam nas cidades para se refazer de aventuras e batalhas no campo, e neste período que seria de recuperação eles acabam encontrando e se envolvendo em acontecimentos da cidade.

Briga de guildas, sequestro da filha do taverneiro, perseguições nos esgotos da cidade, grupos de cultistas, ladrões e bandidos assolando os bairros pobres e ricos da cidade. Tudo isso dá um desafio maior ao típico ranger que não está acostumado à cidade nem ao anão que tem que rastejar por túneis estreitos perseguindo criaturas do mal.

Vale a dica aqui para mudar ou surpreender os seus jogadores.

sábado, 3 de março de 2007

Próximo número aí vamos nós

Já estou noprocesso de editar o número 122. E pelo andar da carruagem ele vai ser histórico.

Por enquanto ainda separando as matérias e aventuras e esperando de maneira muito ansiosa o retorno dos leitores da 121. Acho que nunca fiquei tão ansioso assim com um trabalho.

Voltando agora à minha mesa de jogo, eu quero reunir uns 4 gatos pingados pra jogar minha próxima aventura. Só vou pegar um punhado pequeno pois quero um trabalho mais dedicado do meu lado em relação a props, mapas, etc e quero uma dedicação maior deles também na montagem dos personagens.

Relendo alguns dos livros que tenho, vi um bacana, o Conspiracy X, que quase nunca li e que vai poder ajudar bastante a montar o tipo de aventura que gosto.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Sessão Pipoca

Faz um bom tempo que não vou ao cinema, então a solução é mesmo ficar em casa com toda a parafernália ligada e a geladeira com seus quitutes sempre à mão.

Eu gosto muito de filme e literatura noir. Me delicio com Raymond Chandler e sempre que posso leio um de seus livros. Dashiel Hammet também. E sempre que vejo em cartaz um filme retratando essa época eu me empolgo como nos tempos que eu era moleque e ia assistir os Trapalhões no cinema.

Foi assim com o filme Dália Negra. Fiquei atormentando os funcionários da locadora perguntando quando ia sair, se eu podia alugar, etc etc. Até que finalmente levei o filme pra casa.

Que decepção.

Na verdade que grande decepção. Tempo perdido com uma bomba do Brian de Palma. Estou falando de um cara que dirigiu Os Intocáveis, Scarface, Carie, Missão Impossível... Caramba. A vontade que eu tive era de jogar o DVD no lixo.

Mas...

Hoje terminei uma sessão ótima, com um filme de tirar o fôlego e que eu tive a oportunidade de assitir também sua versão original. Esse sim valeu a pipoca, o sorvete, o refri e o tempo gasto no sofá.

A maneira que é enlaçada a história me fez pensar como poderia ser aplicada numa mesa de jogo. Mas isso é um post para depois que eu comprar o filme. Vai ser logo.

 
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