Pensamentos, idéias e as experiências de um jogador (não só) de RPG.

sexta-feira, 29 de outubro de 2004

RPG e educação

Há tempos não tocava neste assunto, mas passeando pela net resolvi voltar ao tópico. Com a reformulação do site de Anhembi Morumbi e minha saída do quadro de colunistas, o material que eu havia postado lá se foi mas ainda bem que existe uma coisa chamada backup e em breve estarei reescrevendo aqui os textos.

Outro trabalho meu que estou finalizando é a apostila do meu curso para mestres que foi usado nos cursos aqui em São Paulo e Curitiba. À princípio penso em gerar uma versão em pdf e distribuí-la gratuitamente pela net.

O plano é transforma-la depois em um livreto para todos aqueles, jogadores ou não.

A lista rpg_em_debate que modero no yahoo está indo bem, mas um pouco parada, estou pensando em criar alguns mecanismos para icentivar o pessoal a escrever mais e apresentar suas idéias dentro e fora da lista.

Esta é uma das metas para 2005.

Ainda tem muita coisa para acontecer este ano, mas nada melhor do que botar os pés no chão e pensar um pouco mais em planejamento. Assim acho que conseguirei fazer mais e otimizar meu tempo na rede.

E bola pra frente!

quarta-feira, 27 de outubro de 2004

2º Grito RPG

O Grito RPG surgiu das cabecinhas pensantes do Klink e do Guss, nesta mini convenção o que vale é levar jogos alternativos. Nada de GURPS, D&D e Vampiro, mas sim TWERPS, Amber, Fringerworthy, FATAL, etc. Um grito de independência, se me permitem o trocadilho, dado na biblioteca lá do Ipiranga, mostrando para a galera que existe sim jogos bons e divertidos.

É o lugar ideal para levar o seu jogo caseiro, experimentar coisas que você não encontra nos grandes eventos e também encontrar com gente que gosta de RPG.

O primeiro Grito rolou ano pasado e trouxe à tona o Impostores, um jogo bacana que tira sarro do universo gótico-vampírico-rpgístico que foi pensado e escrito pelo Guss com uma colaboração modesta de minha parte e que saiu pelo selo Marginal Games. Foi muuuuito bacana.

Outro ponto forte do evento é o bolo de cenoura... Caramba como ele é gostoso! Preciso MESMO pegar a receita com a Dona Marta.



domingo, 24 de outubro de 2004

Biblioteca

Há pouco mais de uma semana a loja da Devir colocou os GURPS importados numa promoção que dá água na boca.

Tive que segurar um pouco meus impulsos (livros a 30 ou 4o reais), mas a vontade de ter os livros de GURPS World War II e Traveller são grandes mas acabei me contentando com o Munchkin Guide que vale a pena ler de tão divertido.

Minha biblioteca ainda precisa de alguns livros mas não é agora que vou colocar seu acervo em dia. Unknown Armies, Nobilis, a nova versão de Kult, Godlike, Capitão Alatriste (em espanhol) e GURPS 4a edição ainda vão ter que esperar um pouco mais.

Acho legal ter vários livros diferentes sobre RPG (mesmo se não vou usa-los em campanhas) pois as referências que eles trazem são excelentes mesmo para montar aquela aventurazinha básica one-shot.

As novas aquisições vão esperar mesmo porque já não há mais espaço para livros aqui em casa enquanto uma nova estante não chega.

Isso também serve para os CDs, DVDs e miniaturas.

O bom deste hiato consumista é que podemos rever e prestar mais a tenção nas coisas que já temos. Por isso decidi recomeçar (e desta vez tentar finalizar) o jogo Neverwinter Nights do PC, estou lendo novamente a série Sandman, bem como as várias revistas Dragon e Dungeon que estão acumulando por aqui.

Até agora tem sido divertido e o melhor, não tem pesado no bolso.

Li há alguns meses o Código Da Vinci que é a vedete do setor editorial, mas o melhor veio depois com outro livro, este sim magnífico para se criar boas tramas: O Santo Graal e a Linhagem Sagrada. O texto chega a ser um pouco pesado e lento em algumas parte do livro mas sem dúvida dá um ótimo material para aventuras medievais e de trama moderna.

quarta-feira, 20 de outubro de 2004

Munchkismos e afins

Não sei se preciso explicar o que significa Munchkin, mas vai saber... Para não polemizar nem dar nome aos bois em exemplos esdrúxulos, vou direto à fonte:

muhnch'kin/ [Squeaky-voiced little people in L. Frank Baum's "The Wizard of Oz"] A teenage-or-younger micro enthusiast hacking BASIC or something else equally constricted. A term of mild derision - munchkins are annoying but some grow up to be hackers after passing through a larval stage.

No RPG a gente classifica os jogadores de munchkins quando eles conseguem a proeza de montar personagens para liquidar com qualquer bom senso de uma aventura. São guerreiros sanguinários repletos de combos, ou criaturas que conseguem ter poderes plenos de combate (geralmente) e até mesmo cientistas malucos com 20 anos de idade.

Isso não é novidade para ninguém, sempre achamos isso na mesa de jogo e até mesmo encontramos em mestres que querem com isso dar uma lição em jogadores pretendentes ao posto de munchkin na mesa. Estes NPCs que sempre dão um couro enorme na gente são os pubah-grand-masters em alguma luta, ou perícia de combate e como se não bastasse isso, tem o aval do mestre para jogadas escondidads de dados ou simplesmente acertos incondicionais nos testes aplicados.

Mas não vamos falar deles. Por hora...

O que queria era prestar uma homenagem lembrando de um dos melhores casos que tive numa mesa de jogo.

Era uma sessão de Kult, e cada personagem foi montado levando-se em conta algum segredo e alguma passagem militar em seu histórico. É aí que entra Johnny (nome fictício) e o seu ex agente da CIA, e do FBI, que teve treinamento em artes marciaias enquanto morava e posteriormente trabalhava no Tibet, além de ter participado de várias ações militares, o personagem de Johnny também tinha um sexto sentido que lhe garantia algumas habilidades um pouco não ortodoxas.

Só para encurtar ele podia usar seus “poderes” para saltar até 25m de altura.

Tudo isso na tenra idade dos 28 anos. Não preciso dizer que reformulamos todo seu personagem antes do jogo começar né?

O mais engraçado é que mesmo com toda esta furada no sistema, que te permite estes combos absurdos, os jogadores ainda conseguem fazer burradas homéricas. Já vi personagens em jogos de lobisomem que, quando em crinos, tentam se enfiar por buracos de bueiro... Ou então confiantes medtechs tentando se passar por solos, vampiros tendo pití quando estão no banco de trás de uma viatura após tentarem roubar uma loja num shopping center... e por aí vai.
Engraçado que muitas vezes o jogador não nota, mas na verdade não é preciso ter um personagem assim para se sair bem, o que

quarta-feira, 13 de outubro de 2004

De olhos fechados

O feriado veio e foi embora, deixando algumas marcas pra trás. A primeira delas que não quer me deixar é uma dor de garganta que me incomoda há 1 semana e meia já, a outra marca que tem me deixado de olhos mais fechados que abertos foi uma balada na segunda à noite.

Chegamos em casa já de manhã após muita música, mas meu corpo pediu trégua depois de tanto pular.

Sinal dos tempos?

Uma coisa que tem me incomodado é que ao sentar na minha mesa para pintar miniaturas, sinto que minha vista cansa muito mais rápido, e não consigo mais me ater aos detalhes de pintura.

Como disse antes, preciso aproveitar melhor a luz do dia e a energia armazenada após uma boa noite de sono, caso contrário minha produção vai diminuir mais ainda.

segunda-feira, 11 de outubro de 2004

O tempo encolheu?

Tem dias que acordo com a nítida sensação de que o tempo encolheu.

Já não consigo, como antes, fazer todas as minhas coisas. Aquelas coisinhas que só agradam a nós mesmos, que nos dá aquele prazer pessoal que ninguém consegue vislumbrar.

Queria poder dilatar o tempo, esticando os minutos, prolongando os dias. Nunca percebi como é boa a luz solar. Ser iluminado ou ter a casa iluminada pelo sol.

Só descobri isso depois que casei e só comecei a dar valor a isso agora. É por isso que nas manhãs de sábado e domingo eu levanto as 6, 7 da manhã. Para ter meu corpo e minhas coisas bombardeadas pela luz.

Sento no ateliê... na verdade um quartinho de bagunça (por minha culpa), onde junto com minha esposa, temos nossos badulaques à nossa disposição para horas de lazer. Começo a trabalhar, pintando minis, montando minis.

Às vezes nem entro lá (ultimamente não tenho entrado) preferindo ficar no sofá lendo um livro ou simplesmente lagarteando na cama.

E é neste momento, quando estou assim, sozinho em meus pensamentos que o tempo estica. É uma esticada breve, tímida, mas que prolonga o dia em alguns minutos.

Meu ânimo então se renova, volto a ter 15 anos, podendo tudo, fazendo tudo.

Lá vou eu então.

terça-feira, 5 de outubro de 2004

Outra idéia... agora com o Trauma Team

Uma das coisas mais divertidas em cyberpunk era quando nossos personagens se ferravam no meio da aventura e chamavam o TT para seu salvamento.

Dependendo do mestre eles poderiam ser os maiores sádicos do planeta ou então realmente uma unidade de salvamento altamente profissional.

Dá pra imaginar o que acontecia (e ainda acontece) então em nossa mesa: uma mistura caótica dos dois fatores, o que acaba contribuindo para uma aventura conturbada, e que acaba, geralmente com a equipe de TT sendo resgatada por outra equipe de TT.

Nas aventuras que prepare até agora a estrutura girava em torno de um grupo de pessoas contratadas pela empresa e que eram designadas para uma unidade da TT, e isso sempre funcionou bem (apesar da falta de profissionalismo dos personagens em algumas aventuras), mas agora comecei a esboçar uma aventura um pouco diferente, mas ainda usando o TT como gancho.

Deste modo deixo os jogadores ávidos por tiros satisfeitos e também distribuo um pouco de rama nas aventuras.

Os jogadores são mercenários inseridos dentro da TT com o propósito de contrabando de partes do corpo e de implantes, retirados dos pobres coitados ( não tão pobres assim) que caíram na zona de combate.

Entre os salvamentos os personagens devem coletar material ( humano ou cibernético) para o emrcado negro e assim ganhar mais dinheiro. Mas ao mesmo tempo eles não devem levantar suspeitas.

Este equilíbrio é o ponto chave no jogo, ao menos para mim. É ele que vai me indicar quando e como eles serão abordados pelas autoridades e pelo pessoal de segurança da TT.

 
eXTReMe Tracker