Pensamentos, idéias e as experiências de um jogador (não só) de RPG.

terça-feira, 17 de agosto de 2004

Mudança de estratégia

Nesta semana peguei um dos livros que tenho aqui para montar uma pequena campanha de jogo para um possível novo grupo de jogadores. Alguns já mais experientes e outros que ainda não estão acostumados como cenário.

Já há alguns dias venho lendo o livro de referência Delta Green, que ambienta o cenário de Call of Cthulhu nos anos 90, fugindo um pouco do lugar comum.

Geralmente minhas aventuras são ambientadas nos anos 20, 40 ou até mesmo na era vitoriana só que desta vez decidi mudar e experimentar um cenário diferente. O livro traz também um diferencial. Os jogadores não são mais pessoas comuns que “trombam” com o sobrenatural, mas sim um grupo do governo (ou um grupo organizado ‘a procura do oculto) que pesquisa e está ciente de que alguma coisa está errada como universo.

Isso resumindo ao máximo a idéia do livro.

Outra coisa que decidi mudar é minha relação com os personagens dos jogadores. Sempre deixei que os jogadores montassem seus próprios personagens, com pouca ou nenhuma direção minha. O que acontecia era que às vezes os personagens ficavam difíceis de se juntar na aventura, sem falar em alguns deles com características tão marcantes que afetavam até alguma coisa na aventura.

Lógico que também tinha o lado bom, com os amigos que já conheço de longa data montando personagens que se encaixavam bem com o estilo de jogo deles e do meu. Mas como as coisas estranhas é que incomodam...

Decidi montar eu mesmo os PCs e encaixá-los direitinho no roteiro da aventura, deixando bem pouco para ser criado e adicionado ao personagem.

Minha idéia é chegar com os personagens montados e cada um deles com um pequeno desafio ao jogador e por tabela um pequeno desafio para mim.

Se eu monto um personagem que trará ao menos algum detalhe que seja novo ao jogador isso fará com que a aventura tenha um desafio a mais para cada um que será refletido em suas ações (e espero eu) que também trará um desafio para o mestre.

É o que espero.

O que me leva a outra questão levantada pelo Mark aqui no blog. Eu geralmente monto os NPCs sem me preocupar com uma referência visual. Mas isso funciona bem apenas quando o grupo possui os mesmos referenciais. Com amigos que assistem aos mesmos filmes, gostam dos mesmos livros e HQs a coisa fica fácil pois bastam poucas palavras e uma breve descrição para se dar uma idéia geral do NPC (note que não necessariamente o grupo possua todas as referências em comum).

Mas desta vez decidi mudar novamente. Vou usar referências visuais para definir os NPCs. Usar fotos e imagens para descrever os NPCs e criar props interessantes para serem usados em jogo.

No que isso ajuda? Bom, acredito que assim tendo o referencial visual definido, eu posso ficar tranqüilo com o que os jogadores imaginam ao lidar com um NPC.

E evito compará-los com outros personagens ou ter o problema do jogador A imaginar o NPC de maneira diferente do jogador B. Com este referencial visual eles (os jogadores) terão mais conforto em visualizar as cenas e a interação entre PCs e NPCs.

Depois que o jogo rolar eu digo se houve mesmo ou não alguma diferença.

 
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