Pensamentos, idéias e as experiências de um jogador (não só) de RPG.

quarta-feira, 25 de agosto de 2004

It's a dark dark world after all...

Finalmente acabei de ler - um pouco por cima, confesso – o primeiro livro da nova linha de Mundo das Trevas. O tal World of Darkness. À princípio, só de folhear o livro eu havia me animado com a possibilidade de voltar a jogar Vampiro e aventuras ambientadas no WoD.

Tomei um banho de água fria quando conversava animado com o Itiro, que me trouxe de volta à realidade e me fez pensar. Ele perguntava se o sistema continuava o mesmo ou se havia mesmo alguma mudança.

Aquele pensamento me fez ficar um pouco ressabiado. Será que eu estava animado demais e não estava querendo enxergar o que havia sido feito? Decidi então ler mais do livro e pensar um pouco se reralmente valeria a pena voltar a jogar.

Agora, terminado o primeiro livro, sei que vale.

Mesmo tendo como base a primeira edição de Vampire como ferramenta de jogo (com o passar do tempo, mais precisamente quando a WW começou a publicar livros com a frequência e voracidade avassaladora e de qualidade duvidosa, deixe de acompanhar o universo e as mudanças no sistema de jogo), eu topei encarar estas mudanças e aplicar o meu conceito de WoD com as regras novas.

O livro WoD na verdade é o livro básico das regras, trazendo todos os conceitos básicos do jogo, deixando Vampire (e os outros) como um livro mais centrado nos personagense seu background.

O esquema da WW de publicação continua o mesmo (não me agrada muito, mas fazer o que...) com aquelas cartas e material de referência no início do livro e permeando os capítulos com exemplos e histórias (desta parte eu já gosto).

São poucas páginas abordando o BG, unas 30 talvez, e depois dá-lhe regras, com algumas mudanças e facilidades que me agradaram, mudança na maneira de se usar e de montar os atributos, skills agora com perícias específicas escolhidas e criadas pelos jogadores (por exemplo, se eu coloco habilidade em dirigir e especialidade em corridas urbanas, ou “rachas”, eu ganho 1 dado a mais toda vez que for tirar uma chinfra nas ruas).

Há também as virtudes e vícios baseados nos pecados capitais, há um capítulo que trata sobre fantasmas... Enfim, terminei o livro com a sensação de ter um bom livro de horror.

Agora parece ser mais tranquilo e gostoso de montar um jogo em WoD sem necessariamente jogar com vampiros, magos ou lupinos.

E isso é uma coisa que eu curto.

Ficou um gostinho de Kult, CoC... se me permito exagerar um pouco. Já nas páginas finais fiquei imaginando jogos onde os vampiros não sejam os PCs mas sim NPCs e deixandpo os jogadores com os personagens que estão à margem, descobrindo que existe um mundo dentro do mundo deles e que não é nada agradável. Gostei :)

 
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