Contadores de histórias
Uma das coisas que demorei a perceber foi que vvemos rodeados de contadores de histórias. Pessoas bem próximas que poderiam nos entreter com horas a fio de boas histórias, causos, momentos curiosos e coisas do cotidiano.
Lembro-me bem de quando eu me sentava à mesa do almoço e lá pelas 10 da manhã meu avô abria uma garrafa de vinho e começávamos a conversar e ele sempre trazia uma história nova, um acontecimento inusitado ou até mesmo do que ele fazia na cidade quando tinha a minha idade. As questões iam desde comportamento, passando por tecnologia, homem na lua (coisa que ele acredita nunca ter acontecido), etc.
Além dele minhas avós, tia-avó também iam contando suas histórias, me mostrando um mundo diferente do meu e ao mesmo tempo um mundo que era meu, da minha família. Contando a minha história e a deles.
Com o tempo essas vozes foram se calando e hoje sinto falta não apenas da companhia deles mas também dessas histórias tão importantes para mim.
É incrível, que agora eu consiga ver o quanto elas me entreteram e o quanto foram valiosas tanto pessoalmente quanto aqui no trabalho. Não existe um jogo, e tambémnenhuma história que eu conte que eu não use um recurso ou alguma coisa que saiu deles.
Hoje, mais que nunca fico atento a estas conversas, a estas pessoas tão importantes e que as vezes são deixadas de lado na nossa correria do dia a dia.
Vô, vó... saudade de vocês.