Pensamentos, idéias e as experiências de um jogador (não só) de RPG.

sexta-feira, 3 de setembro de 2004

Hey Chombata!

Cyberpunk é um dos gêneros que mais gosto mas infelizmente teve pouco retorno aqui na comunidade brasileira de jogadores e por isso hoje não se vê muita coisa publicada aqui e lá fora.

Mas uma coisa me animou, na lista de discussão de cyberpunk que faço parte descobri que há um movimento de criação e publicação de material. Ainda não é o quase mítico CP2020 3.0 mas um dia chegamos lá.

Uma aventura onde você não tem acesso total à tecnologia (apesar dela estar lá) é algo que curto muito. Implantes mal feitos, cibernéticos desajeitados e com um design retrô sempre me povoou a cabeça.

Nada de braços cromados com monoblades nos dedos, mas sim um quase steam punk, na verdade um retro-punk se é que posso me dar a liberdade de "inventar outro punk-termo"

Numa aventura os garotos, acostumados ao cyberpunk by the book ficaram alarmados ao descobrir que eu fazia um teste com os implantes dos personagens e a possibilidade demal function era alta, e em alguns casos, altíssima.

Usei como base minha dor de cabeça ao instalar (ou tentar instalar programas piratas no meu micro). Ia ser muito divertido, ao menos pra mim dizer que a estática em um dos cyber olhos está piorando ate dar uma tela azul - error ! -

Ou um "bad server, no donut" para um hacker das ruas.

De fato consegui explorar mais as aventuras desta maneira, o que era apenas uma compra de implantes antes do jogo começar virou roleplay. "Ah.... vc quer torcar seus cyberópticos?" nada de jogar dados e ver na tabela, vamos ver o que acontece se o seu personagem quase psicótico vai se portar numa consulta.

Ou será que ele vai ter que se contentar com uma troca asséptica feita num dos prédios abandonados e por um médico bêbado? Esta cena aqui vem diretamente do filme Minority Report, aliás é daquele jeito que Tom Cruise "troca" os olhos que eu imagino a maioria das operações e cirurgias ilegais em cyberpunk.

Pulando de um filme para outro, o que tenho em mente toda vez que descrevos os cenários é a terra quase abandonada de Blade Runner.

Muita gente na rua, muita sujeira e barulho, além de prédios imensos e vazios ( ou não, quem sabe...), uma mistura do moderno e do antigo e ao longe os zigurates das corporações, vomitando fumaça e detritos na parte pobre que sobrevive sabe-se lá como.

Este é meu mundo cyberpunk.

 
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