Pensamentos, idéias e as experiências de um jogador (não só) de RPG.

sábado, 25 de setembro de 2004

Desafio D&D

Era uma vez um grupo de garotos que economizou muito dinheiro, por meses a fio até comprar o que por muitos era considerada a trilogia sagrada do RPG. Quando os livros chegaram descobrimos que precisávamos de dados diferentes também... que tristeza. Era uma porcaria morar no interior e não ter maneira alguma de achar o que se precisa. Naquela época não havia net, e cartões de crédito internacional era uma piada de mal gosto...

Jogar D&D nesta época era um verdadeiro desafio pois a gente não tinha a ME-NOR idéia do que era para fazer. Também pudera, a gente chegava numa livraria e pedia por um livro e a sensação era que a gente estava falando era grego :)

O que fazer então com as aventuras? Não tínhamos como sair atrás de material publicado e também não encontrávamos muita coisa além do básico.

Restava a nós criarmos nossas aventuras do nada, buscando em livros de charadas, e trívias a nossa tábua de salvação contra jogadores espertinhos. Lógico que suávamos a camisa para conseguir algumas coisas básicas, como por exemplo as charadas para se entrar numa Dungeon.

Se tem gente que acha que falar “amigo” em elfo era coisa fácil demais, é porque nunca tiveram que enfrentar cálculos matemáticos e astrológicos para abrir uma porta.

Mas porque o trocadilho do título?

È porque estamos em fase de criar um novo desafio D&D, estamos não... Porque eu não aceitei o convite. Acho que o tempo para se preparar uma aventura decente para um evento envolve mais do que simplesmente achar alguns desafios e colocá-los numa dungeon.

É preciso uni-los com uma trama, apresentá-los de maneira natural e depois da aventura pronta, testar com vários grupos de jogadores para localizar as bobagens.

O que eu imaginei, e talvez use no futuro para um possível Desafio, é o seguinte:

- Imaginar um set onde os jogadores possam ser introduzidos de maneira rápida e fácil (afinal o Desafio acontece num evento com hora marcada para começar e terminar, o relógio e o tempo se tornam então imprescindíveis).

- Uma vez com o setting pronto, começo a delinear a aventura, ao menos o básico dela para que eu possa depois ir floreando com os desafios.

- o próximo passo é pesquisar uma série de desafios, desde aqueles usados usando o setting de jogo para as respostas (elementos de Forgotten para elucidar um problema, por exemplo) como outros desafios que usem a cabeça, seja do jogador ou do personagem.

Este é o grande X da questão para mim, pois aqui eu acho legal explorarmos tanto o conhecimento do jogador com o universo de jogo, o conhecimento do jogado com assuntos gerais e por fim o conhecimento do personagem, onde é possível analisar como o jogador montou seu PC e como ele o usa em jogo.

Discuti isso com algumas pessoas e achavam que eu estava exagerando. Será?

De qualquer maneira isso me fez pensar mais e estou já rabiscando alguma coisa para o ano que vem.

 
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