Pensamentos, idéias e as experiências de um jogador (não só) de RPG.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Pensando no futuro

Estive outro dia relendo e assistindo novamente o filme Blade Runner. Coincidentemente apareceu uma nota na imprensa dizendo que haveria um relançamento do filme agora editado em sua versão final pelo diretor Ridley Scott.

Não sou apenas eu que considera este filme um marco na ficção cientifica e no cinema, o livro, apesar de diferente em seu ritmo, cenário e história, também me atraiu muito e é um dos pilares das minhas ambientações futuristas.

Ao mesmo tempo comecei a rever outros filmes e livros voltados para este futuro sombrio, busquei então beber um pouco na fonte cyberpunk, afinal nós estamos praticamente entrando nesta era.

Aproveitei então e tentei assistir um filme que passava na TV (Johnny Mnemonic) e ler o módulo básico de Cyberpunk 2020. Não consegui em alguns momentos segurar o riso, não de escárnio mas de ver até aonde nossa inocência pode ir e até aonde nossos palpites conseguem chegar tão perto ou tão longe da realidade.

Discuti com algumas pessoas as loucuras e as sandices de livros e filmes, comparando com nossa realidade e imaginando como poderia ser um cenário mais palpável e mais divertido de se jogar, sem perder a magia do futuro sombrio e sem as coisas non-sense que vemos por aí.

O que mais discutimos foi uma coisa que vimos no filme Johnny Mnemonic... nele o protagonista implanta informações no cérebro para transportar para seus clientes. Coisa que hoje um simples pendrive de 4Gigas poderia fazer, não?

Depois de algumas piadas foi levantada a questão: E se estas informações fossem ultra secretas a ponto de que fossem usados equipamentos para rastrear quaisquer mecanismos de transporte? Como então transportar tais dados?

Opções não faltaram, desde transmissões a distância, via satélite, formas remotas de se guardar os dados e depois recupera-los. Até que alguém mencionou bio-chips e qual não foi minha surpresa de encontrar esse assunto no wikipedia e outros sites cordialmente apresentados pelo novo Oráculo de Delfos, o Google.

Isso calou minha boca por um tempo. Então poderia ser factível ter em seu corpo, informações gravadas para depois transporta-la em segurança?

Comecei a misturar algumas idéias, elaborando um mundo onde existisse esse vazio em nossa existência apresentado por Phillip K. Dick aliado a fantasia de um mundo cyberpunk.

Sem peças cromadas, sem monowired katana, mas uma tecnologia que não é confiável, as vezes obsoleta, e que não é compreendida em sua totalidade por grande parte da sociedade que anda marginalizada em quase todos os aspectos.

Um mundo beirando um colapso onde jogadores incorporam personagens que estão vivendo no limite, dia a dia, sem glamour, o futuro da humanidade.

Estarei apresentando aqui aos poucos este cenário e espero que gostem e usem em seu sistema favorito de jogo.

Marcadores: , , ,

 
eXTReMe Tracker